Convivem até 30 de abril em Joinville duas obras do artista Fernando Lindote, expostas em “Tessituras Contemporâneas”

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Até 30 de abril de 2015, “Topo Cruz” e “Formas de Pensamento” estarão expostas em “Tessituras Contemporâneas”, no Pavilhão do Instituto Internacional Juarez Machado, iniciativa de PICTA Escritório de Arte, mostra que reúne obras de artistas de Santa Catarina. Gaúcho radicado em Florianópolis, Fernando Lindote exibiu a instalação “Cosmorelief” na 29a. Bienal de São Paulo em 2010 e recebeu o Prêmio Marcantonio Vilaça - Funarte de Arte Contemporânea em 2013.

“Topo Cruz” fez parte da exposição “Dispositivo de Circulação de Imagens (DCI)”,  contemplada com o prêmio e apresentada na Galeria Flávio de Carvalho do Complexo Cultural Funarte São Paulo. Faz alusão a um dos modos pelos quais as imagens circulavam num período anterior à Internet: a revistinha em papel nas bancas de jornal. A exposição reuniu seis telas e cinco esculturas formadas por pilhas de revistas de história em quadrinhos (HQs), que o público podia retirar e levar para casa.

Fernando Lindote, Topo Cruz, óleo sobre tela, 100 x 100 cm

Fernando Lindote, Topo Cruz, óleo sobre tela, 100 x 100 cm

 

As pinturas são derivadas de uma das revistas em quadrinhos organizadas nessas pilhas, numa era em que a mídia impressa, tal como a revista em quadrinhos, está enfrentando crise diante das mídias sociais. Em Topo Cruz, 2014, óleo sobre tela, 100 x 100 cm, um personagem, o rato Topo Gigio, se resume a uma espécie de cruz ou hélice de quarto pás. Em pleno regime militar, esse ratinho importado dividia atenções com a telenovela Beto Rockfeller. Criado pela italiana Maria Perego, Topo Gigio ganhou, em 1970, um programa educacional no Brasil com seu nome.

Todas as imagens, inclusive as que estão em gibis, não convivem com textos. Algumas abordam a formação da identidade nacional e a realidade política dos últimos 50 anos, enquanto outras remetem ao campo de proliferação de imagens dos meios de comunicação atuais.

Fonte: http://www.funarte.gov.br/artes-visuais/funarte-sao-paulo-recebe-individual-de-fernando-lindote/#ixzz3XtYk4ZVU

 

Fernando Lindote

Fernando Lindote (1960) nasceu em Santana do Livramento, RS, e mora em Florianópolis. Participou das exposições 29ª Bienal Internacional de São Paulo/2010, Clube da Gravura do MAM São Paulo/2009, Futuro do Presente no Instituto Itaú Cultural/2007, Dez + um – Arte Recente Brasileira, Instituto Tomie Ohtake/2006, 5ª Bienal do Mercosul/2005, Panorama de Arte Brasileira no MAM São Paulo/2005 e 1997. Foi bolsista da Fundação Vitae em 2001. Recebeu o Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça FUNARTE. Realizou as individuais O Soberano Discreto na Central Galeria/2013, 1971 – a cisão da superfície no CCBB Rio/2012, Desenhos Antelo na Galeria Nara Roesler/2008, 3D3M no Centro Universitário Maria Antonia/2008, Experiências com o Corpo no Instituto Tomie Ohtake/2002, Muito Perto no Museu Victor Meirelles/2002, EDAX, XII Mostra da Gravura no Museu da Gravura, Curitiba/2000, Teatro Privado no MAM Rio de Janeiro/1999 e Olho de Mosca no MASC/1999, entre outras.

Fonte: 
Fundação Nacional de Artes

Exposição “Tessituras Contemporâneas” abre em Joinville no mesmo dia da SP-Arte - Feira Internacional de Arte de São Paulo Joinville, SC.

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9 de abril é a data de abertura da exposição “Tessituras Contemporâneas” em Joinville. Reunirá obras de artistas catarinenses no pavilhão do Instituto Internacional Juarez Machado, mesma data da abertura da SP-Arte, a primeira feira de artes visuais do Brasil e o mais relevante evento do mercado das artes no hemisfério sul.

A proposta de PICTA Escritório de Arte é fazer um recorte da arte contemporânea de Santa Catarina. O conjunto de obras apresentado em Joinville dialoga com o pensamento do artista contemporâneo joinvillense Schwanke (1951-1992) através da obra “Rosa e Azul de Renoir” (1979) também presente na exposição. A programação de 10 a 30 de abril inclui palestras sobre arte, conversa com os artistas e visitas guiadas, formas de aproximar as pessoas da produção artística e promover a experimentação de sentimentos pelas obras de arte.

SP-Arte reúne galerias de arte do Brasil e de várias partes do mundo. Em cinco dias, apresenta a oportunidade para se travar contato com obras, artistas, curadores e outros profissionais do sistema das artes. A Feira é enriquecida, ainda, por atividades culturais, como o Programa Educativo, organizado por Adriano Pedrosa [com a realização dos Diálogos e do Laboratório Curatorial] e Núcleo Editorial [com a presença de revistas, editoras de livros de artista, lançamentos de livros e uma exposição especial dedicada ao tema].

Em São Paulo, o reflexo da realização da SP-Arte pode ser visto em toda a cidade, com a programação dos museus, centros culturais, galerias e visitas especiais a essas instituições, coleções privadas e ateliês de artistas.

Em Santa Catarina, a união de duas iniciativas privadas, o espaço cultural do Instituto Internacional Juarez
Machado e PICTA Escritório de Arte promotora da exposição, refletirá no olhar das pessoas o mundo possível
das artes visuais no Estado.

"Rosa e Azul" - "As Meninas Cahen d'Anvers", 1881, MASP)

"Rosa e Azul" - "As Meninas Cahen d'Anvers", 1881, MASP)

Schwanke (1951-1992) “Rosa e Azul de Renoir " (1979), na exposição "Tessituras Contemporâneas"

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Picta expõe a obra do artista joinvillense Schwanke (1951-1992) “Rosa e Azul de Renoir " (1979) e apresenta artistas contemporâneos de Santa Catarina que dialogam com seu pensamento. Um recorte da arte no qual a reciprocidade existencial pressupõe diferenças e semelhanças que ajudam a enriquecer a comunicação do ser humano, com o outro e consigo mesmo.

Sobre Schwanke
Luz, sombra, ironia, seriação, ressignificação, poesia. Luiz Henrique Schwanke (1951-1992) nasceu em Joinville/SC, completou a graduação em Comunicação Social na Universidade Federal do Paraná (UFPR).

http://www.schwanke.org.br/plataformaeducativa/imagens-do-artista/

http://www.schwanke.org.br/plataformaeducativa/imagens-do-artista/

Nas artes plásticas – campo de efervescência em 1980/90 - produziu mais de cinco mil obras, entre desenhos, esculturas, pinturas e instalações, lançando noções de arte pública e contemporaneidade, conectado ao movimento artístico internacional.

Ganhou prêmios e conquistou reconhecimento, como a seleção pela Bienal Brasil Século XX, em 1994. Viajou para a Alemanha, Suécia e Rússia, teve trabalhos expostos no Museu de Arte Moderna de Bruxelas (Bélgica).

Com a obra “Cubo de Luz – Antinomia”, levada a São Paulo em 1991, afetou o tráfego aéreo – única representação do Estado de Santa Catarina (a projeção é lembrada no livro Bienal 50 Anos). As provocações também surgiam de monumentos de  baldes plásticos coloridos, carrancas retratadas em pinturas expressionistas – nuances artísticas, com conceitos híbridos, que visitaram a geometria do Minimalismo, as novas linguagens do Concretismo, a apropriação do Barroco, o resgate da Pop Art.

A produção de Schwanke continua viva, objeto de pesquisa de estudiosos de diferentes instituições e lugares.

http://www.schwanke.org.br/plataformaeducativa/

Exposição "Tessituras Contemporâneas" apresenta em abril Artistas contemporâneos de Santa Catarina

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Escritório de Arte de Joinville, PICTA, apresenta a exposição “Tessituras Contemporâneas”, que reunirá obras de artistas catarinenses no pavilhão de dois andares do Instituto Internacional Juarez Machado.

Segundo andar do Pavilhão do Instituto Internacional Juarez Machado (foto: Mônica Juergens)

Segundo andar do Pavilhão do Instituto Internacional Juarez Machado (foto: Mônica Juergens)

A abertura será dia 09 de abril e a visitação de 10 a 30 de abril de 2015.

Picta expõe a obra do artista joinvillense Schwanke (1951-1992) “Rosa e Azul de Renoir " (1979) e
apresenta artistas contemporâneos de Santa Catarina que dialogam com seu pensamento. Um recorte da arte no qual a reciprocidade existencial pressupõe diferenças e semelhanças que ajudam a enriquecer a comunicação do ser humano, com o outro e consigo mesmo.

Carlos Franzoi, curador de “Tessituras Contemporâneas”, tem em sua biografia o Mapeamento de Rumos Artes Visuais do Itaú Cultural (2011-2013) e mais de 50 curadorias individuais/coletivas.

PICTA promove em abril exposição de Artistas Contemporâneos Catarinenses no Instituto Internacional Juarez Machado

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Seleção de obras dá sequência ao recorte específico dentro do abrangente panorama da arte brasileira da exposição Traços Contemporâneos realizada em outubro passado em Joinville.

Joinville, SC, 04/03/2015 - Escritório de Arte de Joinville, PICTA, organiza a próxima exposição de arte contemporânea em Joinville. Reunirá obras de artistas catarinenses no galpão de dois andares do Instituto Internacional Juarez Machado de 9 a 30 de abril. A curadoria é de Carlos Franzoi.

O projeto dá sequência ao recorte específico dentro do abrangente panorama da arte brasileira da exposição Traços Contemporâneos realizada em outubro de 2014 em Joinville. O propósito é  proporcionar a experimentação de sentimentos das pessoas ao entrarem em contato com essas formas de beleza, as obras de artes visuais, frutos da energia criativa dos artistas contemporâneos de Santa Catarina..

 “Ninguém diz que gosta de literatura e só lê um ou dois livros por ano, ou que gosta de música mas só escuta de vez em quando. A música está ao alcance da mão, no rádio, na prateleira de CDs. O livro também, pois fica na estante de casa. A obra de arte, para existir, necessita de contato com o espectador. Tenho de me deslocar ao museu, ao centro cultural; raramente a obra de arte está num canto da minha casa. Mas a repetição dessa experiência realizará a descoberta de um mundo de conhecimento.” Paulo Sérgio Duarte, curador brasileiro

Promoção da Arte no Brasil

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As primeiras exposições de artes plásticas no Brasil ocorreram em 1829 e 1839 organizadas pelo pintor Jean Baptist Debret, integrante da Missão Artística Frances e professor da Academia Imprerial de Belas Artes (AIBA). Eram mostras restritas aos alunos e professores da AIBA e se interromperam quando do retorno de Debret à Europa em 1831. Somente em 1840, por inciativa de Félix Émile Taunay, novas mostras de artes plásticas foram instituídas, através da criação das Exposições Gerais, onde os artistas participantes não necessitavam mais estar vinculados (enquanto alunos ou professores) à AIBA. Mesmo com a Proclamação da República em 1889, as Exposições Gerais continuaram a ser realizadas, apesar de a AIBA ter se transformado em Escola Nacional de Belas Artes.

Em 1934, as Exposições Gerais passaram a denominar-se Salão Nacional de Belas Artes. Em 1940 vem a dividir-se em duas seções, a de Belas Artes e a Moderna. Finalmente, em 1951, a Divisão Moderna dá origem ao Salão Nacional de Arte Moderna, numa coexistência que se alonga até 1976, ano de sua última edição.

 

A Fundação Nacional de Arte (FUNARTE) é criada em 1975 que, em 1978, em outro formato, promove o Salão Nacional de Artes Plásticas, reunindo no mesmo espaço as tendências plurais da arte brasileira.

 

Os salões contribuíram para a veiculação da arte brasileira, favoreceram o fortalecimento da crítica de arte, democratizaram o acesso do jovem artista, propiciaram ampliação dos acervos institucionais e públicos. A falta de investimentos que pudessem atrair jovens artistas foi apenas um dos motivos do esvaziamento dos salões oficiais. Além disso, a revolução da tecnologia da comunicação obrigou a novas soluções curatoriais, antagônicas à organização do tradicional salão oficial.

Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro

Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro

Pinacoteca do Estado de São Paulo

Pinacoteca do Estado de São Paulo

Museu de Arte de São Paulo

Museu de Arte de São Paulo

 Museu de Arte Moderna da Bahia

 Museu de Arte Moderna da Bahia

Museu de Arte do Rio

Museu de Arte do Rio

As bienais, especialmente as de Veneza e de São Paulo, a Documenta de Kassel e as feiras internacionais consagram artistas do mundo todo. Os prêmios, como os internacionais Turner, Wolf de Artes e o Pulitzer de fotografia, e os nacionais como o PIPA, FUNARTE e CNI SESI Marcantônio Vilaça,

Documenta de Kassel

Documenta de Kassel

Instituto Iberê Camargo, Porto Alegre

Instituto Iberê Camargo, Porto Alegre

A fundação de instituições e iniciativas de promoção das artes visuais públicas e privadas no Brasil ocorreu assim:

1816 - Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, Rio de Janeiro

1822 - Academia Imperial de Belas Artes, Rio de Janeiro

1877 – Academia de Belas Artes da UFBA - Salvador

1931 - Escola de Belas Arte da UFRJ, Rio de Janeiro

1905 - Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo

1918 – MAB - Museu de Arte da Bahia, Salvador

1930 - Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública, Rio de Janeiro

1937 – Ministério da Educação e Saúde, Rio de Janeiro

1934 - Salão Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro

1937 – MNBA - Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro

1940 – MAP - Museu de Artes Plásticas, Belo Horizonte

1944 – MAC PR - Museu de Arte Contemporânea, Curitiba

1947 – MASP - Museu de Arte de São Paulo

1948 – MAM RJ – Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro

1948 – MAM SP – Museu de Arte Moderna, São Paulo

1949 – MASC – Museu de Arte de Santa Catarina, Florianópolis

1951 - BIENAL de São Paulo

1952 – MARGS – Museu de Arte do Rio Grande do Sul – Porto Alegre

1953 – MEC – Ministério da Educação e Cultura, Rio de Janeiro

1960 – MAM BA – Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador

1961 - MAB – Museu de Arte Brasileira, São Paulo

1963 – MAC SP – Museu de Arte Contemporânea, São Paulo

1966 - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, São Paulo

1966 - MAC PE – Museu de Arte Contemporânea, Recife

1969 - MIS PR – Museu da Imagem e do Som, Curitiba

1970 - MIS SP - Museu da Imagem e do Som, São Paulo

1970 - PAÇO DAS ARTES, São Paulo

1971 – Oficina Brennand, Recife

1975 – EAV – Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro

1975 – FUNARTE – Fundação Nacional das Artes Plásticas, Brasília

1985 – MINC – Ministério da Cultura, Brasília

1987 - IIC - Instituto Itaú Cultural, São Paulo

1989 - CCBB RJ – Centro Cultural do Banco do Brasil, Rio de Janeiro

1990 – Casa França Brasil, Rio de Janeiro

1993 – CCBB DF - Centro Cultural do Banco do Brasil, Brasília

1992 – IMS – Instituto Moreira Salles, Poços de Caldas

1992 - MACRS – Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul, Porto Alegre

1995 – MUBE – Museu Brasileiro da Escultura, São Paulo

1997 – MAMAM PE – Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães, Recife

2001 - CCBB SP – Centro Cultural do Banco do Brasil, São Paulo

2002 - MON – Museu Oscar Niemeyer, Curitiba

2002 – Instituto Ricardo Brennand, Recife

2006 – MAC – Museu de Arte Contemporânea, Niterói

2006 – INHOTIM, Brumadinho

2007 – Casa Daros, Rio de Janeiro

2008 – Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre

2013 - MAR RJ – Museu de Arte do Rio

2011 - Instituto Figueiredo Ferraz, Riberião Preto

2011 – Instituto Tomie Ohtake, São Paulo

2013 – CCBB BH - Centro Cultural do Banco do Brasil, Belo Horizonte

Centro Cultural do Banco do Brasil, Rio de Janeiro

Centro Cultural do Banco do Brasil, Rio de Janeiro

Instituto Inhotim, Brumadinho, Minas Gerais

Instituto Inhotim, Brumadinho, Minas Gerais

Instituto Tomie Ohtake, São Paulo

Instituto Tomie Ohtake, São Paulo

Oficina Brennand, Recife

Oficina Brennand, Recife

 


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Rubens Gerchman

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Rubens Gerchman (Rio de Janeiro, 10 de janeiro de 1942 — São Paulo, 29 de janeiro de 2008) artista plástico brasileiro, ligado a tendências vanguardistas como a pop art e influenciado pela arte concreta e neoconcreta. 

Em suas primeiras telas, Rubens Gerchman pinta cenas urbanas bucólicas. Contaminado pelo universo da cultura de massa, faz quadros retratando as multidões e o mundo impresso nas páginas dos meios de comunicação. Em 1962, sai da Escola Nacional de Belas Artes. Dois anos depois, realiza sua primeira exposição individual, na Galeria Vila Rica, no Rio de Janeiro. Mostra guaches e painéis, predominantemente em preto-e-branco. Nos trabalhos, as multidões aparecem de forma pouco detalhada, reafirmando o anonimato dos indivíduos, tendo Jean Dubuffet (1901 - 1985) como referência. Sua temática sai da vida popular da metrópole: pinta concursos de miss, jogo de futebol e narrativas de telenovelas e histórias em quadrinhos.

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Assegure seu Futuro , 1967

acrílica sobre tela e madeira

122 x 185 cm 

Na coletiva Opinião 66, mostra obras críticas da situação brasileira, como Caixas de MorarElevador Social e Ditadura das Coisas. Na época, faz seus primeiros trabalhos tridimensionais, vinculados às discussões da Nova Objetividade Brasileira. Com o prêmio, muda-se para Nova York. Lá se dedica a poemas visuais tridimensionais e faz peças como Tool , 1970, Air e SOS , 1967. Nos Estados Unidos, ajuda a organizar o boicote à Bienal Internacional de São Paulo, nomeada de "Bienal da Ditadura". A partir de 1972, suas esculturas ganham a forma de múltiplos. O artista obtém grande sucesso comercial com eles.

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Caixas de Morar , 1966

relevos em madeira pintado com tinta acrílica

120 x 120 cm 

Em 1973, retorna definitivamente ao Brasil e faz sua primeira retrospectiva, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ. Um ano depois, participa da fundação da revistaMalasartes. Na época, faz gravuras em colaboração com Cláudio Tozzi Hélio Oiticica. Sua obra usa a palavra escrita, e mostra grande afinidade com a arte conceitual. A partir de 1975, assume a direção da Escola de Artes Visuais do Parque Lage - EAV/Parque Lage. No período, dedica-se a telas feitas com base nas narrativas dos quadrinhos e na produção popular de imagens, como em Virgem dos Lábios de Mel (1975).

Nos anos 1980, o artista retoma a pintura realista. Faz quadros e relevos. Ocupa-se, sobretudo, de temas como a criminalidade, as multidões e de aspectos pitorescos da vida na cidade, como Banco de Trás, 1985 e Beijo, 1989. Essas pinturas são mais coloridas e gestuais. Aproxima-se das correntes neo-expressionismo da época. Na década de 1990, as figuras de suas telas são trabalhadas em esculturas e litografias.

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Beijo , 1989

acrílica sobre tela, c.i.e.

90 x 90 cm 

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Série Banco de Trás , 2004

70 x 100 cm

acrílica, óleo e lápis sobre papel maruflado sobre tela 

Fayga Ostrower, do figurativo ao abstrato pelas questões sociais

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Fayga Perla Ostrower (Lodz, Polônia 1920 - Rio de Janeiro RJ 2001). vem para o Brasil e se estabelece na cidade do Rio de Janeiro. Na década de 1940, a artista realiza gravuras figurativas, de linguagem expressionista e cubista, como ocorre em Lavadeiras (1947), tratando freqüentemente de temas sociais. Trabalha tanto com gravura em metal quanto com xilogravura, técnica que prevalece durante sua primeira individual, em 1948. Está na mostra Master Brasileiros, no Museu de Arte de Joinville.

FAYGA OSTROWERLavadeiras, 1947Linóleo sobre papel34, 5 x 26 cm

FAYGA OSTROWER

Lavadeiras, 1947

Linóleo sobre papel

34, 5 x 26 cm

Fayga conta que, "No começo dos anos 50, já haviam acontecido as primeiras bienais, mas a arte moderna ainda era um escândalo. Eu mesma levei algum tempo para compreendê-la. O meu trabalho começou figurativo - os dez primeiros anos são figurativos. […]

FAYGA OSTROWERMaternidade, 1950Linóleo sobre papel22 x 16 cm

FAYGA OSTROWER

Maternidade, 1950

Linóleo sobre papel

22 x 16 cm

Mas, de 1950 até 1954, lentamente fui mudando de estilo - eu devia estar buscando alguma coisa. Na época, ganhei de presente dois livros sobre Cézanne. […]

Levei quatro anos descobrindo Cézanne, tentando compreendê-lo, e a partir dele compreendi o cubismo. Eu mesma nunca tentei ser cubista. O meu caminho me levou diretamente para a arte abstrata. […]"

Em 1955, viaja para Nova York como bolsista da Fulbright Comission. Trabalha no Brooklyn Museum Art School e estuda gravura no Atelier 17, de Stanley William Hayter (1901 - 1988). Em 1969, a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro publica um álbum de gravuras realizadas entre 1954 e 1966. A partir da década de 1970, dedica-se também à aquarela. Publica vários livros sobre questões de arte e criação artística, entre eles Criatividade e Processos de Criação, 1978, Universos da Arte, 1983, Acasos e Criação Artística, 1990, e A Sensibilidade do Intelecto, 1998.  Em 1983, é realizada retrospectiva dos 40 anos de sua obra gráfica, no Museu Nacional de Belas Artes e, em 1995, a exposição Gravuras 1950-1995, no Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB, no Rio de Janeiro. Em 2001 é lançado pela GMT Editora o livro Fayga Ostrower, organizado por Carlos Martins.

FAYGA OSTROWERSem Título, 1970Xilogravura21 x 31 cm

FAYGA OSTROWER

Sem Título, 1970

Xilogravura

21 x 31 cm

 “Até 1960, só quem fazia gravura abstrata era eu. Havia vários grupos de gravadores figurativos, uns de uma linha mais realista e outros de uma linha mais expressionista, como o Darel e a Edith Behring. Só depois é que surge uma nova geração de gravadores e muitos deles, não todos, vão para a arte abstrata. Mas, por exemplo, o Grassmann nunca deixou de ser figurativo. Ele é um grande gravador. Essa linha nunca deixou de existir. [...]

DARELCidade, sem dataLitogravura

DAREL

Cidade, sem data

Litogravura

EDITH BEHRINGSem Título, 1968Água-tinta

EDITH BEHRING

Sem Título, 1968

Água-tinta

MARCELO GRASSMANNSem Título, 1969Gravura em metal

MARCELO GRASSMANN

Sem Título, 1969

Gravura em metal

"Senti, porém, que era aquilo mesmo que eu tinha que fazer. Não havia saída, não podia voltar. Meu último trabalho figurativo, do qual não tenho nem cópia, tratava de retirantes. Diante dele, senti que não podia ir adiante na arte figurativa, certos temas eu não conseguia mais resolver. Comecei a questionar temas como a fome, a miséria, a bomba atômica, um campo de concentração e o comentário artístico que se podia fazer sobre eles. Para mim, Käthe Kollwitz conseguia dizer alguma coisa, mas era ainda em circunstâncias diferentes. A última pessoa a dizer ainda algo sobre a guerra foi Picasso, em GuernicaNão conheço uma obra de arte que realmente tenha podido abordar um problema social, fazer uma crítica, e esclarecer a consciência das pessoas através da arte. O que você podia dizer diante da fome em Biafra? Dá para fazer um comentário estético?"

KÄTHE KOLLVITZMorto, Mulher e Criança, 1910Desenho

KÄTHE KOLLVITZ

Morto, Mulher e Criança, 1910

Desenho

Havia [...] duas posições diferentes. Do ponto de vista estilístico, a crítica de arte apoiou muito mais o movimento geométrico da arte do que o movimento não geométrico, mais livre, mais gestual, chamado de tachismo, sobretudo a partir de Mário Pedrosa, Ferreira Gullar e Faustino, do Jornal do Brasil. Eles deram apoio, tentando interpretá-la e torná-la mais acessível ao grande público, mas na realidade, do ponto de vista do espectador, uma era tão incompreensível quanto a outra".

FAYGA OSTROWER8102Exata 1981Litografia sobre papel59,5 x 40 cm

FAYGA OSTROWER

8102

Exata 1981

Litografia sobre papel

59,5 x 40 cm

 &nbsp;FAYGA OSTROWERTerra, dia e mês desconhecidos 1993&nbsp;metal&nbsp;32,1 x 49,5 cm [mancha] / 56,4 x 72,7 cm [papel]

 

 FAYGA OSTROWER

Terra, dia e mês desconhecidos 1993 
metal 
32,1 x 49,5 cm [mancha] / 56,4 x 72,7 cm [papel]

Fayga Ostrower/Sesc Tijuca

30 de outubro de 1986 e 26 de agosto de 1997

Apaziguando deuses, assim é se lhe parece

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Uma caveira de platina cravada com diamantes do artista Damien Hirst, do grupo dos Young British Artists foi vendida em 2007 a um fundo de investimento pelo preço pedido de 100 milhões de dólares. Moldada a partir da caveira de um homem europeu de 35 anos que viveu no século 18, mas conservando os dentes originais, a caveira é revestida com 8.601 diamantes, incluindo um grande diamante cor-de-rosa que vale mais de 8 milhões de dólares no centro de sua testa. Hirst se inspirou em caveiras astecas também cravadas de jóias. Alguns críticos a consideraram de mau gosto e outros a viram como reflexo de uma cultura obcecada por celebridades.

DAMIEN HIRST, For God's Sake

DAMIEN HIRST, For God's Sake

Cobrindo o globo com figurinhas colantes, e não por diamantes, o brasileiro Nelson Leirner deixa seu comentário na série “Assim É se lhe Parece”, 2003, sobre as relações culturais e econômicas entre os países. Suas formas são adaptações às formas pré-existentes: reproduz o planisfério com outras representações consagradas (bandeiras, ícones populares e caveiras) sobre ele. É uma reinterpretação do mundo a partir dos mapas subvertidos por stickers, adesivos desses vendidos em bancas de jornal ou em sinais de trânsito, de ícones pop ou de bandeirinhas dos EUA. A representação de uma idéia, de um modo de ver, um discurso transformado em obra plástica, no qual as imagens exemplificam o senso comum sobre seus conteúdos. Comenta com ironia, crítica e humor, aspectos da cultura, do mercado de arte e de questões políticas e econômicas no globo. Na exposição "O Artista e a Bola", na Oca do Ibirapuera, estão duas obras da série "Assim É se lhe Parece", em uma delas os continentes estão cobertos por caveiras.

NELSON LEIRNER, Assim É se lhe Parece, 2003, Adesivos sobre globo

NELSON LEIRNER, Assim É se lhe Parece, 2003, Adesivos sobre globo

http://itaucultural.org.br/iconoclassicos/filme3.htm

 E na maior exposição sobre a civilização Maia já feita no Brasil: Mayas: revelação de um tempo sem fim, também na Oca, mostra mais de 380 objetos e celebra essa civilização pré-colombiana. Descobertas arqueológicas indicam que o homem está presente na América há pelo menos 20 mil anos. A mais antiga das 3 civilizações conhecidas ameríndias é a maia, surge na península de Yucatán, na América Central, por volta de 2.600 a.C., e ocupa a região mesoamericana.

MAYAS, Elemento Arquitetônico, Pedra calcária, procedência desconhecida, 900 – 1250 d.C., Museu Regional de Antropologia, Palácio Cantón, Mérica, Iucatã, México

MAYAS, Elemento Arquitetônico, Pedra calcária, procedência desconhecida, 900 – 1250 d.C., Museu Regional de Antropologia, Palácio Cantón, Mérica, Iucatã, México

Todos os monumentos, templos e palácios são abundantemente decorados: esse povo tem horror a espaços vazios; em geral ornamentos e hieróglifos envolvem personagens representados, e são compostos segundo um elevado sentido de simetria, uma inspiração para Damien Hirst. A arte ritual também retrata a prática do sacrifício humano. As teorias mais aceitas indicam que as vítimas eram executadas como forma de oferenda ou de apaziguar determinados deuses. O sacrifício humano esteve presente como aspecto cultural de diversos povos que habitavam a Mesoamérica antes da chegada dos espanhóis, em 1492. A prática de expor os crânios dos sacrificados já se observava em Huamelulpan (Oaxaca, México) no início da Era Cristã.

Quando os espanhóis iniciam a colonização da América, esse povo já se encontra em declínio. Bem mais recente, o império asteca inicia-se em 1376 e vai até 1521, quando Tenochtitlán, a capital do império, é conquistada e destruída pelos espanhóis, que sobre ela edificam a atual Cidade do México.

Diamantes cobrem crânios, stickers de crânios cobrem o mapa, crânios de calcário cobrem altares. Escreveu Cauê Alves: “Mas se apenas a técnica ou meio não são suficientes para tornar um trabalho de arte cidadão de seu próprio tempo, talvez seja o modo como ele se instaura no mundo o fundamental. E como o que uma boa obra de arte diz e o modo como o faz não pré-existem a ela mesma, ou seja, como ela torna presente significações em vez de simplesmente traduzi-las para um novo suporte ou matéria – conseguindo ir além da sua materialidade, do visível e do sensível –, ela jamais poderá ser reduzida a um instrumento. É nesse sentido que se diz que ela é instituinte, porque ela não se contenta com o já instituído, mas ela institui outras significações até então inéditas.”

Manet, o pintor da vida moderna

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A “Aburguesamento” de Paris iniciado na Revolução de 1789 culminou com a renovação da cidade feita pelo Barão Haussmann nos anos 1860. A cidade até então politicamente motivada passa a ser economicamente e socialmente centrada. Deixava de ser a grande cidade medieval para se transformar numa metrópole moderna.

O Barão Georges Eugene Haussmann (1809-1892) foi nomeado prefeito de Paris por Napoleão III em 22 de junho de 1853 para "modernizar" a cidade. Napoleão III esperava melhor controlar o fluxo de tráfego, incentivar o crescimento econômico e tornar a cidade "à prova de revoluções", dificultando a construção de barricadas. Haussmann realizou tudo isso substituindo muitos prédios antigos e ruas por avenidas amplas e arborizadas e jardins, a Paris famosa de hoje. Estima-se que ele tenha transformado 60% dos edifícios de Paris. Redesenhou a Place de l'Etoile e criou longas avenidas que dão perspectivas sobre monumentos como o Arco do Triunfo e da Ópera Garnier.

Paris moderna

Paris moderna

Apesar das críticas com relação à destruição da Paris social e de suas raízes pela destruição contínua  física, a burguesia ascendente desfrutava de novas tecnologias e ostentava sua riqueza nos novos espaços que foram criados.

Manet era filho dessa burguesia parisiense. Sua mãe era mulher de cultura refinada e o pai um jurista e magistrado que sonhava em ver o filho seguir seus passos.

Fotografia Nadar, 1874

Fotografia Nadar, 1874

O menino nasceu em 29 de janeiro de 1832. Teve boa instrução e desde muito garoto gostava de desenhar e se interessava pelas artes. Depois de servir na Marinha Mercante, Manet regressou a Paris disposto a perseguir seu sonho.

Estudou com Thomas Couture, aprendeu muito com os clássicos e com os grandes mestres como Velázquez e Goya. No entanto, queria ser o pintor do seu tempo e não do passado. Dizem que ele seguiu um conselho de Charles Baudelaire: que se dedicasse a ser “le peintre de la vie moderne”.

Railway, 1872

Railway, 1872

Para alegria de Manet e da jovem intelligentsia parisiense, sempre foi apaixonada pelo novo. Estudou os clássicos sem abrir mão de pintar a seu modo retratos, a confusão urbana e temas que nunca foram dignos de serem pintados a não ser os religiosos, mitológicos ou da nobreza. A multidão é seu universo, sua paixão é a observação fora de casa sentindo-se em casa ao mesmo tempo.

Berthe Morisot, 1872

Berthe Morisot, 1872

Bar no Folies-Bergère, 1882

Bar no Folies-Bergère, 1882

Boating, 1874

Boating, 1874

 

Para pintar "Concerto nos Jardins das Tulherias," às vezes chamado de "Música nas Tulherias," Manet colocou seu cavalete ao ar livre e ficou por horas enquanto compunha uma multidão elegante de moradores da cidade. Quando ele mostrou a pintura, alguns pensaram que estava inacabado. Talvez sua pintura mais famosa é "O Almoço na Relva", que ele completou e exibiu em 1863. A cena de dois jovens vestidos e sentados ao lado de uma mulher nua chocaram vários dos membros do júri ao fazerem seleções para o Salão de Paris, o exposição oficial organizada pela Académie des Beaux-Arts. Devido à sua indecência percebida, eles se recusaram a mostrá-lo. Manet não estava sozinho, mais de 4.000 pinturas foram impedidas de entrar naquele ano. Em resposta, Napoleão III montou o Salão dos Recusados para expor algumas dessas obras rejeitadas, incluindo a apresentação de Manet.

Musica nas Tulherias, 1862

Musica nas Tulherias, 1862

Almoço na relva, 1863

Almoço na relva, 1863

 Tentando mais uma vez para ganhar aceitação para o salão, Manet submeteu "Olympia" em 1865. Este retrato impressionante, inspirado por Ticiano em "Vênus de Urbino", mostra uma beleza nua em descanso que descaradamente olha para seus telespectadores. Os membros do júri so salão não ficaram impressionados, o consideraram escandaloso, como o fez o público em geral. Contemporâneos de Manet, por outro lado, começaram a considerá-lo um herói, alguém disposto a quebrar os padrões, liderando a transição do realismo ao impressionismo. Depois de 42 anos, "Olympia" seria instalado no Louvre.

Olympia, 1965

Olympia, 1965

TICIANO, Vênus de Urbino

TICIANO, Vênus de Urbino

Após tentativa frustrada de Manet, em 1865, ele viajou para a Espanha, quando pintou "O cantor espanhol." Em 1866, conheceu e fez amizade com o escritor Emile Zola, que em 1867 escreveu um artigo brilhante sobre Manet no jornal francês Figaro. Ele o apontou, a exemplo de quase todos os artistas significativos, de começar por oferecer sensibilidade. Esta avaliação impressionou o crítico de arte Louis-Edmond Duranty, que começou a apoiá-lo também. Pintores como Cezanne, Gauguin, Degas e Monet se tornaram seus amigos.

 Manet pintou muitas suas cenas de café. Estas obras, incluindo "No café", "Os bebedores de cerveja" e "O Concert Café", entre outros, retratam século 19 em Paris. Ao contrário de pintores convencionais de sua época, ele se esforçou para iluminar os rituais de ambos, os franceses comuns e burguesia. Seus súditos estão lendo, esperando os amigos, beber e trabalhar. Em contraste com suas cenas de cafés, Manet pintou também as tragédias e os triunfos de guerra. Em 1870, ele atuou como um soldado durante a guerra franco-alemã e observou a destruição de Paris.

Café Concerto, 1872 

Café Concerto, 1872

 

Em 1874, Manet foi convidado para mostrar suas obras na primeira exibição de artistas impressionistas. Apesar de solidário ao movimento, ele recusou, assim como outros sete convites. Queria ficar compromissado com o Salão. Um ano depois da primeira exposição impressionista, foi oferecida a oportunidade de desenhar ilustrações para o livro de comprimento edição francesa de Edgar Allan Poe de "The Raven". Em 1881, o governo francês concedeu-lhe a Légion d'honneur.

Execução do Imperador Maximiliano, 1867

Execução do Imperador Maximiliano, 1867

 Ele morreu dois anos mais tarde, em Paris, em 30 de abril de 1883. Além de 420 pinturas, ele deixou para trás uma reputação que mudaria para sempre defini-lo como um artista ousado e influente.

Flores em vaso de cristal, 1882

Flores em vaso de cristal, 1882

ECO 92 e o Museu de Arte de Joinville

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Por ocasião da RIO 92 – II Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento –, a exposição Eco Art foi organizada pelo Banco Bozano Simonsen.

 Realizada no Rio de Janeiro, a exposição reuniu 120 artistas das Américas e resultou na publicação de um grande catálogo, na formação de um acervo e na edição de um álbum de 25 gravuras, a partir destas pinturas. São serigrafias assinadas e numeradas, de artistas contemporâneos representativos.

 Este conjunto de serigrafias é objeto de um material didático, intitulado Projeto Bozano Arte e Natureza, preparado pelo Instituto Arte na Escola / Fundação Iochpe, com um roteiro de discussão de cada peça sob o ponto de vista da linguagem visual e sua relação transversal com a ecologia.O projeto educativo inclui a doação de um conjunto destas 25 gravuras da Eco Art a museus de todo o Brasil, e o Museu de Arte de Joinville (MAJ) foi um dos selecionados.

 Na exposição histórica do acervo do MAJ, “Master Brasileiros”, estão 4 gravuras desse conjunto de obras dos artistas BEATRIZ MILHAZES, TOMIE OTAKE E REYNALDO FONSECA.

BEATRIZ MILHAZESVocê me olha por quê? Por quê está me olhando?, 1992Serigrafia sobre papel&nbsp;100 x 70 cmDoação Banco Bozano Simonsen

BEATRIZ MILHAZES

Você me olha por quê? Por quê está me olhando?, 1992

Serigrafia sobre papel 

100 x 70 cm

Doação Banco Bozano Simonsen

TOMIE OTAKESem título, 1992Serigrafia sobre papel&nbsp;100 x 70 cmDoação Banco Bozano Simonsen

TOMIE OTAKE

Sem título, 1992

Serigrafia sobre papel 

100 x 70 cm

Doação Banco Bozano Simonsen

REYNALDO FONSECAPastoral,1992Serigrafia sobre papel&nbsp;100 x 70 cmDoação Banco Bozano Simonsen

REYNALDO FONSECA

Pastoral,1992

Serigrafia sobre papel 

100 x 70 cm

Doação Banco Bozano Simonsen

Schwanke em “O Artista e a Bola” na Oca do Ibirapuera e “Master Brasileiros” no Museu de Arte de Joinville

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Junho de 2014, Copa do Mundo, na OCA DO IBIRAPUERA a atenção está na Bola. O Museu da Cidade se inspirou na Copa e preparou uma mostra que reúne mais de 80 obras de artistas renomados, entre os dias 5 e 29 de junho.

Maio de 2014, reabertura do Museu de Arte de Joinville – MAJ, a exposição Master Brasileiros mostra obras do acervo em virtuosa exposição e faz homenagem a Ottokar Doerffel, personalidade da colonização e formação da cidade de Joinville, construtor e morador da casa que desde 1976 é a sede do museu.

Luiz Henrique Schwanke (Joinville SC 1951 – idem 1992), pintor, desenhista, escultor, ator, dramaturgo, cenógrafo e publicitário, entre os anos 1970 e 1990, por meio de desenhos, pinturas, esculturas e instalações, desenvolve uma constante reflexão sobre o lugar da arte no mundo contemporâneo. Ele articula procedimentos característicos da pop art, do conceitualismo e do minimalismo, tais como a citação de obras paradigmáticas na história da arte e a apropriação e criação em série de imagens e objetos industrializados. Também o interesse pela dicotomia entre claro e escuro e pelo papel da luz na delineação de objetos são questões que perpassam sua trajetória.

 No conjunto de desenhos e pinturas denominado Linguarudos, produzido na segunda metade dos anos 1980, o artista apresenta centenas de variações de um mesmo perfil masculino enraivecido, com a língua e dentes à mostra, gritando ou vomitando. Alguns são feitos sobre páginas de jornal ou folhas de livros contábeis. Os traços e as pinceladas são explicitamente gestuais, como se não houvesse intermediação entre o impulso que os gerou e a imagem final.

SCHWANKESérie Linguarudos, 1986Técnica mista sobre papel90,5 x 119 cmAcervo do Museu de Arte de Joinville

SCHWANKE

Série Linguarudos, 1986

Técnica mista sobre papel

90,5 x 119 cm

Acervo do Museu de Arte de Joinville

Nessa época, Schwanke começa a produzir obras tridimensionais com a criação em série de objetos plásticos de uso doméstico, como baldes, mangueiras, prendedores de roupa e galões. Como aponta o crítico de arte Harry Laus, nessa série a organização dos elementos configura colunas e relevos de parede que remetem a estruturas arquitetônicas clássicas1. A beleza do design dos objetos é ressaltada pela repetição e por sua ordenação em composições de proporções exatas. Sobretudo as colunas instaladas em espaços públicos, que se destacam pela monumentalidade.

SCHWANKESem título, 1989Plástico e madeiraColeção Família Schwanke 

SCHWANKE

Sem título, 1989

Plástico e madeira

Coleção Família Schwanke

 

Segundo depoimento do artista, o assunto do claro-escuro nas obras do pintor italiano Michelangelo Caravaggio (1571 - 1610) se torna para ele uma obsessão2, instigando pesquisas que resultam na obra Cubo de Luz, apresentada em 1991, na 21ª Bienal Internacional de São Paulo. Um forte feixe de luz produzido com dezenas de holofotes dispostos abaixo do chão num grande buraco cúbico constitui sua tentativa de dar forma à luz. Nas palavras de Schwanke "o Cubo de Luz tem por paradoxo um volume imaterial, penetrável, visível e de contemplação impossível"3.

 

1       LAUS, Harry. O vôo maior de Schwanke. In: Museu de Arte de Joinville. Schwanke esculturas. Joinville: Museu de Arte de Joinville, 1989.

         SCHWANKE, Luiz Henrique. Depoimento. In 21ª Bienal Internacional de São Paulo. Catálogo Geral. São Paulo: Fundação Bienal, Marca D'Água, 1991, p. 297.

         Idem, p. 298.

 

 

 

Texto Gaveta dos Guardados - Iberê Camargo

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A memória é a gaveta dos guardados. Nós somos o que somos, não o que virtualmente seríamos capazes de ser.

IBERÊ CAMARGO

IBERÊ CAMARGO

Minha bagagem são os meus sonhos. Fui o poeta das ruas, das vielas silenciosas do Rio, antes que se tornasse uma cidade assolada pela violência. Sempre fui ligado à terra, ao meu pátio.

SEM TÍTULO, 1993Guache e lápis Stabilotone sobre papel

SEM TÍTULO, 1993

Guache e lápis Stabilotone sobre papel

No Rio Grande do Sul, estou no colo da mãe. Creio que minha fase atual, neste momento, em 1993, reflete a eterna solidão do homem. A obra só se completa e vive quando expressa. Nos meus quadros, o ontem se faz presente no agora. Lanço-me na pintura e na vida por inteiro, como um mergulhador na água. A arte é também história. E expressa a nossa humanidade. A arte é intemporal, embora guarde a fisionomia de cada época. Conheci em Paris um escultor brasileiro, bolsista, que não freqüentava museus para não perder a personalidade, esquecendo que só se perde o que se tem. Cada artista tem seu tempo de criação. É dificil saber quando começa a gravidez e quando se dá o parto. Há pintores que são permanentemente prenhes, parindo ninhadas, como era o caso de Picasso. Eu, antes de iniciar a viagem - o quadro -, consulto minha bússola interior e traço o rumo. Mas quando estou no mar grosso, sempre sopra um vento forte que me desvia da rota preestabelecida e me leva a descobrir o novo quadro. Todo criador é um Pedro Álvares Cabral. A lenda chinesa ensina que a espontaneidade - Tchuang-tseu desenhou um siri num abrir e fechar de olhos - exigiu de Tchuang-tseu anos e anos de aprendizado e observação da natureza, que, como se sabe, é a fonte do conhecimento. O exemplo do mestre chinês foi há muito esquecido pelas gerações. Hoje, predomina a pressa...

VIVER é andar, é descobrir, é conhecer. No meu andarilhar de pintor, fixo a imagem que se me apresenta no agora e retorno às coisas que adormeceram na memória, que devem estar escondidas no pátio da infância. Gostaria de ser criança outra vez para resgatá-las com as mãos. Talvez tenha sido o que fiz, pintando-as. As coisas estão enterradas no fundo do rio da vida. Na maturidade, no ocaso, elas se desprendem e sobem à tona, como bolhas de ar. Como se vê, a criação se faz com o agora e com o tempo que recua. O pintor cria imagens para expressar seus sentimentos. Estes podem ser do real ou formas abstratas, pouco importa. Creio que sua criação e duração na obra do artista são determinadas pelo subconsciente.

NO VENTO E NA TERRA, 1991Óleo sobre telaCol. Pinacoteca APLUB de Arte Riograndense

NO VENTO E NA TERRA, 1991

Óleo sobre tela

Col. Pinacoteca APLUB de Arte Riograndense

A memória é agaveta dos guardados, repito para sublinhar. O clima de meus quadros vem da solidão da campanha, do campo, onde fui guri e adolescente. Na velhice, perde-se a nitidez da visão e se aguça a do espírito. A memória pertence ao passado. É um registro. Sempre que a evocamos, se faz presente, mas permanece intocável, como um sonho. A percepção do real tem a concreteza, a realidade física, tangível. Mas como os instantes se sucedem feito tique-taques do relógio, eles vão se transformando em passado, em memória, e isso é tão inaferrável como um instante nos confins do tempo.

Detalhe de NO VENTO E NA TERRA, 1991

Detalhe de NO VENTO E NA TERRA, 1991

Escrever pode ser, ou é, a necessidade de tocar a realidade que é a única segurança de nosso estar no mundo - o existir. É difícil, se não impossível, precisar quando as coisas começam dentro de nós.

TUDO TE É FÁCIL E INÚTIL, 1992Óleo sobre tela

TUDO TE É FÁCIL E INÚTIL, 1992

Óleo sobre tela

Em verdade, não sou um admirador das coisas que faço. Não sou uma pessoa extasiada com seu fazer, como se eu merecesse um pedestal. Essa decantação da forma em muitas águas, tanto nas palavras como nas linhas, na pintura, é uma depuração, uma síntese que leva ao que chamo uma "transfiguração" situada além da aparência. Importante é encontrar a magia que existe nas coisas, na vida. Do contrário, seria apenas um testemunho visual de um fenômeno ao alcance de qualquer um.

Não há um ideal de beleza, mas o ideal de uma verdade pungente e sofrida que é a minha vida, é tua vida, é nossa vida, nesse caminhar no mundo.

Sou impiedoso e crítico com minha obra. Não há espaço para alegria. Acho que toda grande obra tem raízes no sofrimento. A minha nasce da dor. Das minhas raras alegrias, uma me vem à mente: criança, aguardo ansioso a chegada do trem que traz a Bua (01).

FIADA DE CARRETÉIS 1, 1960Óleo sobre tela

FIADA DE CARRETÉIS 1, 1960

Óleo sobre tela

Entendo que a vida é uma caminhada. Os ciclistas de meus quadros são caminhantes, no fundo, sem meta. São seres desnorteados. No andar do tempo, vão ficando as lembranças: os guardados vão se acomodando em nossas gavetas interiores. Como temos cicatrizes! A vida foi nos causando essas feridas que nos acompanham até o fim.

Nós somos como as tartarugas, carregamos a casa. Essa casa são as lembranças. Nós não poderíamos testemunhar o hoje se não tivéssemos por dentro o ontem, porque seríamos uns tolos a olhar as coisas como recém-nascidos, como sacos vazios. Nós só podemos ver as coisas com clareza e nitidez porque temos um passado. E o passado se coloca para ajudar a ver e compreender o momento que estamos vivendo.

O momento é cheio de uma totalidade. Somos alguém envolvido pelas coisas, envolvido pela água, envolvido pelo vento, pelos componentes físicos. O que me prende não é a nomenclatura dos elementos mas o próprio envolvimento. As coisas são assim: encontramos a última palavra, elas se acabam. Quando eu quero me ver livre, expressar tudo que tenho dentro de mim, lanço o quadro e aparece a imagem. Mas a imagem continua sendo um enigma outra vez. Pensamos que tudo apareceu revelado, e de fato se revelou: está visível, mas continua o enigma. Eu apenas objetivei em forma o enigma que estava dentro. A interrogação continua. E a resposta não foi dada.

A vida dói... Para mim, o tempo de fazer perguntas passou. Penso numa grande tela que se abre, que se oferece intocada, virgem. A matéria também sonha. Procuro a alma das coisas. Nos meus quadros o ontem se faz presente no agora. A criação é um desdobramento contínuo, em uníssono com a vida. O auto-retrato do pintor é pergunta que ele se faz a si mesmo, e a resposta também é interrogação. A verdade da obra de arte é a expressão que ela nos transmite. Nada mais do que isso!

Porto Alegre, 1993 e 1994

(01) Bua: apelido de Juliana Burn, ama-de-leite do pintor


Obsidiana, de dois tempos, duas obras

Added on by Gabriela Loyola.

Mayas: revelação de um tempo sem fim, a maior exposição sobre a Civilização Mayas já feita no Brasil. São centenas de objetos que ultrapassam o valor estético da arte maia do período pré-hispânico, mostrando o estilos de vida, organização sócio-política, consciência histórica, religiosidade e a cosmovisão desta antiga cultura.

 José Damasceno apresenta Sobre o Objeto de 8º Grau sua recente instalação, homônima ao título da mostra, além de um conjunto de serigrafias e uma pintura na parede do espaço expositivo é um conjunto de pequenas esculturas de obsidiana distribuídas sobre duas mantas retangulares de feltro no chão, como recentes descobertas de um sítio arqueológico. Damasceno, que frequentemente emprega em suas esculturas diversos tipos de rochas, dessa vez elegeu a obsidiana que lhe despertou interesse durante suas viagens a Guadalajara.

Obsidiana é uma espécie de vidro vulcânico, criada a partir da rápida solidificação do magma; amplamente difundida na Mesoamérica pré-colombiana, era usada como espelho e também como ferramenta bélica, e frequentemente associada ao ocultismo e a rituais astecas.

 Dois tempos, duas obras.

Sobre o Objeto de 8º Grau, 2013Obsidiana e feltro2 peças de feltro | 183 x 300 cm (cada)25 peças de obsidiana | 30 x 30 cm (cada)

Sobre o Objeto de 8º Grau, 2013
Obsidiana e feltro
2 peças de feltro | 183 x 300 cm (cada)
25 peças de obsidiana | 30 x 30 cm (cada)

FACA DE OBSIDIANAObsidianaProcedência desconhecida, 600-900 d. C.Museu Regional de Campeche, Fuerte de San MiguelCampeche, Campeche, México

FACA DE OBSIDIANA

Obsidiana

Procedência desconhecida, 600-900 d. C.

Museu Regional de Campeche, Fuerte de San Miguel

Campeche, Campeche, México

Sobre o Objeto de 8º Grau, 2013Obsidiana e feltro2 peças de feltro | 183 x 300 cm (cada)25 peças de obsidiana | 30 x 30 cm (cada)

Sobre o Objeto de 8º Grau, 2013
Obsidiana e feltro
2 peças de feltro | 183 x 300 cm (cada)
25 peças de obsidiana | 30 x 30 cm (cada)

Mostra Yayoi Kusama - Obsessão Infinita, no Instituto Tomie Ohtake.

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De caráter retrospectivo, trata-se da maior exibição de obras da celebrada artista japonesa já realizada na América Latina. Reúne mais de 100 obras produzidas entre 1950 e 2013 como, colagens, pinturas, esculturas, arte performática e instalações ambientais. É visível uma característica que se tornou a marca da artista: a obsessão por pontos e bolas.

Personagem rebelde, suas obras possuem um quê de surrealismo, modernismo e minimalismo, e podemos notar o padrão de repetição e acumulação. Além disso, Kusama também se embrenhou na arte da literatura, com romances e poesias, escritas em 13 livros. Afirma um dos curadores da mostra Frances Morris: “Para o Brasil, trouxemos desde pinturas no período inicial de sua carreira e na transição de suas questões de vida para seu trabalho. Desde suas pinturas convencionais criadas no Japão para o engajamento dinâmico, politico de sua vivência em Nova Iorque”.

 Nascida em Matsumoto, Japão, em 1929, a artista começou a realizar seus trabalhos poéticos e semi-abstratos em papel nos anos 1940. Suas primeiras pinturas, contundentemente originais, são composições quase todas brancas que se sobressaem pela obsessão pela repetição, como sua série “Redes Infinitas”. Aos 27 anos, decidida a se tornar uma artista famosa, Yayoi Kusama resolveu se mudar para Nova Iorque em 1957, a pedido de uma grande amiga e artista Georgia O’Keeffe. Trabalhou com grandes nomes da Arte Moderna e Contemporânea como Andy Warhol, Joseph Cornell e Donald Judd e logo passou a liderar o movimento da vanguarda.

“No mundo da arte contemporânea, Yayoi Kusama, 85, é como um Fusca. Foi de enorme sucesso, caiu de moda e depois voltou repaginado sem perder as curvas características, no caso dela, as famosas bolinhas coloridas”, escreveu Silas Marti na Folha de São Paulo. Kusama sofre de alucinações desde a sua infância. Bolinhas se tornaram elemento identificável de obsessão ou de marca de Kusama. Outra característica da artista é o uso de elementos fálicos dos anos 1960, como em “Sala de espelhos infinitos – Campo de falos (ou Mostra no chão), 1965/2013.

No fim dos anos 1990, Retornou às criações psicodélicas. Em paralelo à pintura, criou uma sala iluminada por luzes ultravioletas cheia de móveis cobertos por bolinhas coloridas. Em “Sala espelhada ao infinito – cheia de brilho de vida”, 2011, pontinhos brilham no escuro e viram lâmpadas que pendem do teto.

Em 1973, Kusama retornou ao Japão e, desde 1977 vive num hospital psiquiátrico em Toquio. 

"Salvai nossas almas", Master Brasileiros no MAJ

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A pintura do brasileiro Siron Franco tem sido associada por alguns críticos à produção do artista inglês Francis Bacon (1909 - 1992), por ser povoada por seres monstruosos ou por revelar uma dimensão aterrorizadora. Nos quadros da série "Césio" (1987), concebidos com uma gama muita restrita de pigmentos, o pintor comenta, no calor dos acontecimentos, a tragédia ocorrida em Goiânia, ocasionada pelo vazamento de material radioativo. 

Siron Franco

Siron Franco

www.youtube.com/watch?v=zoNrLDBLpgE

Obra da série Cásio 137, 1987

Obra da série Cásio 137, 1987

Em obras do fim da década de 1990, o artista passa de uma figuração mais evidente para a utilização de grandes planos cromáticos, em obras quase abstratas, nas quais emprega diversas técnicas: colagens, desenhos e grafismos. Para Siron Franco "a arte tem a finalidade de tentar dias melhores para o homem". Ele afirma: "eu tento, ao meu modo, testemunhar a minha época, o que faço é uma crônica subjetiva da época em que vivo".

Salvai nossas Almas I, 1999, faz parte do acervo do Museu de Arte de Joinville. Escolhida para compor a exposição Master Brasileiros, aberta em 18 de maio deste ano, a obra é uma aglomeração de roupas e radiografias coladas sobre lona. A vida é intrínsica à obra, está revelada nos seus elementos como material da arte. 

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FRANCO, Siron

Salvai nossas Almas I, 1999, da série Césio 137

Técnica mista: roupas e radiografias coladas sobre lona

212 x 286 cm

Museu de Arte de Joinville, SC

Doação Instituto Arte na Escola – Fundação Iochpe 

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Para marcar a presença do projeto Arte BR no Contexto Escola/Museu na cidade, e a inclusão do MAJ num programa nacional, o Instituto Arte na Escola e a Fundação Iochpe doaram ao centro cultural a instalação do artista plástico goiano Siron Franco "Salvai Nossas Almas I”. A iniciativa, segundo a diretora do espaço na época, Marina Mosimann, teve efetiva participação da arte-educadora e artista plástica Ivane Carneiro, ex-funcionária do MAJ, Nadja Lamas, Silvia Pilotto e Letícia Mognol - do departamento de artes visuais da Universidade da Região de Joinville (Univille), representantes nacional e locais do Arte na Escola, que viram na proposta uma forma de dinamizar o museu e o ensino da arte no Norte catarinense.

Sobre a idéia de fazer uma série sobre o Césio 137, Siron franco explica: “Eu estava morando em São Paulo quando soube do acidente e vim para cá. Liguei para o (Fernando) Gabeira, Lucélia Santos e Ney Matogrosso para fazermos uma passeata aqui em Goiânia e um show no Rio de Janeiro para explicar que a não era a cidade inteira contaminada. Como eu tinha morado mais de 20 anos no bairro em que aconteceu a tragédia, comecei a fazer desenhos e ilustrações para correspondentes estrangeiros. Fiquei revoltado quando soube que estavam chutando carro de goianos em outros lugares e achando que todos estavam contaminados. Eu fiz 108 desenhos, que compõem uma reportagem visual. Eu retratei os urubus, os calangos, o fusca abandonado, as aves. Quando você lida com fogo ou com água, você vê a coisa. Radioatividade é invisível. Os catadores de lixo não queriam ir lá. E com razão porque ninguém sabia direito como era aquilo. Eu criei uma máscara e fizemos uma grande passeata. Depois criei uma exposição e levei para São Paulo. Todo mundo tinha medo de chegar perto. Aí veio uma crítica chamada Bélgica Rodrigues, que era presidente da Associação Internacional dos Críticos de Arte, e escreveu um artigo nos Estados Unidos elogiando demais essa série. Outros também começaram a escrever e ela ficou muito famosa. Ela continua viajando o mundo até hoje e vamos fazer um livro desse trabalho. Isso tudo vai parar no Instituto Siron Franco, que eu estou criando para cuidar do meu trabalho e dar espaço para jovens artistas de Goiânia. Já era para ter sido feito, mas fui roubado 11 vezes. Virou notícia no Jornal Nacional. Tem irmãos e sobrinhos envolvidos, gente que eu ajudei. Foram vários boletins de ocorrência. Roubaram tudo que eu tinha guardado. Conversando com amigos advogados, resolvemos fazer um instituto. Então estou refazendo meu acerto para doar tudo novamente para a cidade.

 

 

 

 

 


Duas Mulheres no “Master Brasileiros” no MAJ

Added on by Gabriela Loyola.

A linda casa construída por Ottokar Doerfell, em 1864, abriga o MAJ - Museu de Arte de Joinville, desde 1976. Reaberto no Dia Nacional dos Museus, neste 18 de maio, duas esculturas que fazem parte do acervo, estão em destaque na exposição Master Brasileiros, nunca vistas pela grande maioria dos joinvillenses.

 

Contemporâneas, ambas nascidas em 1920, Lygia Clark (Belo Horizonte, 1920 – Rio de Janeiro, 1988) e Edith Wetzel (Joinville 1920 – 2014), revelam suas dramaticidades de maneiras muito distintas através de suas obras.

 

Edith foi a única aluna do escultor alemão Fritz Alt (Lich, 17.09.1902Joinville, 15.03.1968). Morreu poucos dias após ser levada pelo amigo Otto a ver sua obra Pequeno Caçador numa das salas do museu. Lá permanece o menino, em evidência, atento, procurando, perseguindo, buscando, para sempre.

 

Em outra sala está Envolvente e Envolvido, da série “Trepantes”, uma derivação da questão espacial da série “Bichos” de Lygia Clark. “Bichos” são esculturas em alumínio, com dobradiças, que permitem a articulação das diferentes partes que compõem seu “corpo”. O espectador, agora transformado em participador, é convidado a descobrir as inúmeras formas que as estruturas oferecem, ao manusear suas partes metálicas.

 

“Trepantes” não possuem dobradiças. São chapas de aço e latão, cobre ou borracha recortadas que partem sempre de formas circulares chegando ao resultado orgânico do espaço, podendo ser enroscadas em pedras, galhos ou grandes árvores. As obras são constituídas, simbolicamente, por uma fita de Moebius, uma situação limite e o início claro de num novo paradigma nas Artes Visuais brasileiras. O objeto não estava mais fora do corpo, mas era o próprio “corpo” que interessava a Lygia.

 

 

Tampouco o Pequeno Caçador possui dobradiças. Obra clássica, esculpida em base sólida, parece atribuir ao menino a responsabilidade de conquistar seu próprio destino. A beleza e a virtude se encontram em sua expressão entre a realidade e a subjetividade. Edith Wetzel transitou pelas artes por quase oito décadas, pintando telas e porcelanas, esculpindo, muitas vezes, de maneiras contraditórias. "Não sei como controlar todas essas mudanças", confessou Edith. "Às vezes, eu olho para cada trabalho e me pergunto: fui eu que fiz isso?"

 

Em 1961, Lygia Clark ganha o prêmio de melhor escultura nacional na VI Bienal de São Paulo, com os “Bichos” e chega a ser o ícone da herança construtivista no Brasil. Hoje, Bichos e Trepantes estão incluídas na expo Lygia Clark: O Abandono da Arte, 1948–1988, primeira grande retrospectiva de Clark nos EUA – aberta neste 10 de maio no MoMA - Museu de Arte Moderna, em Nova York. Reinscreve a obra da artista no discurso atual sobre abstração, participação e práticas de arteterapia.

 

Master Brasileiros no Museu de Arte de Joinville é marco relevante para a história da arte da cidade. Como lugar de memória, pesquisa, aprendizagem e cidadania, o MAJ precisa perseguir sua missão. A recuperação parcial de seus espaços não garante seu legado. A reserva técnica onde mora o acervo, a biblioteca e o espaço de recuperação e conservação de obras foram levados para a Cidadela Cultural e não estão a salvo. Projetos de restauro e melhoramentos do museu aguardam na fila das prioridades das Secretarias. A educação é o único caminho para a justiça social. E a arte tem sido apontada por especialistas como um dos importantes elementos para o desenvolvimento dos sensos crítico e estético, da criatividade, da curiosidade e da autoestima, especialmente, para as crianças. Quem sabe uma iniciativa público-privada seja o caminho seguido por tantas instituições de sucesso, na manutenção do patrimônio histórico e cultural de um povo.