Com frequência ouvimos referência à arte atual como arte moderna. O termo moderno refere-se ao período que abrange, aproximadamente, dos anos 1860 aos anos 1970. Muitas vezes é confundido com arte contemporânea, aquela que rompeu com os limites da arte moderna, impostos pelo conceito de vanguarda.
A arte contemporânea nada tem contra a arte do passado, nenhum sentimento de que o passado seja algo de que é preciso libertar-se e de que tudo seja completamente diferente. A arte do passado está disponível para qualquer uso que os artistas queiram lhe dar.
O contemporâneo é um período de desordem informativa, uma condição de perfeita entropia estética. Mas é também um período de impecável liberdade. Hoje não há mais qualquer limite histórico. Tudo é permitido. Segundo Anton Tchekov, "as obras de arte dividem-se em duas categorias: as de que gosto e as de não gosto. Não conheço o critério.”
Com a pergunta “Por que sou uma obra de arte?” deu-se por encerrada a história do modernismo, preocupado com forma e superfície. Agora os artistas ficam livres para fazer arte da maneira que desejam, ou mesmo, sem nenhuma finalidade.
A arte ajudou a transformar o mundo e mundo ajudou a transformar a arte. Cada “ismo” está conectado, apesar de cada abordagem individual e dos métodos de fazer arte. A arte contemporânea promoveu, como nunca, tantos lugares para ver obras. Novos museus e galerias foram construídos no mundo todo.
Esculturas monumentais brotam nos espaços públicos. Encontramos peças gigantescas de arte contemporânea destinadas a provocar e chocar. Convenções contestadas, artistas autoconfiantes em suas manifestações.
Apreciar e usufruir arte é compreender como ela evoluiu. A arte assemelha-se a um jogo: só precisamos conhecer as regras para que o antes desconcertante comece a fazer algum sentido.
"Se uma pessoa entra em uma exposição, para mim, é suficiente se ela sair com a sensação de ter sido parte de uma experiência." Júlio Le Par