ROSÂNGELA DORÁZIO
Minas Gerais, 1963
Vive e trabalha em São Paulo.
Emprega a gravura como principal suporte, demonstrando um forte interesse pela interpretação da paisagem e sua memória. Na série Torres, de 2003, ou na série Jogo, de 2004, Rosângela reproduz figuras que esvaem-se, somem aos poucos. Já em suas séries mais recentes, a artista trabalha com gravuras sobre fotografias de paisagens que acabam por apagar os vestígios da imagem original, para deixar visíveis apenas traços ou reflexos do que estava retratado.
A artista declara que “quando se fotografa, se grava uma paisagem que já morreu. Quando eu faço a gravura a partir dessa imagem, é como se eu reavivasse aquela paisagem. Na gravura, também se trabalha com a noção de subtração, mas, quando se raspa o papel, a obra ganha volume.”
As gravuras, desenhos e fotografias criadas por Rosângela sempre contam com interferências que reforçam a ideia da imagem como construção de significado. Graduada em Artes Plásticas pela FAAP, foi premiada na 28ª Anual de Artes da mesma instituição e no 2º Concurso de Arte Contemporânea do Itamaraty. A artista está em coleções como do Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea (MAC) de Fortaleza, Americana e Sorocaba e do Instituto Peruano Norte Americano. Realizou as individuais no Chile Escalabrados y Derrames na Galeria Artlabbe, na Galeria Gravura Brasileira - E Já Não Está em SP e no SESC Casa Amarela, Escalavro e Entorno em Recife durante 2012. Algumas coletivas: Passato Imediato no Memorial da América Latina, Blue Connection em Frankfurt, São Paulo e Sorocaba, 34 Salão de Arte Contemporânea Luiz Saciloto (SP, III Bienal de Gravura de Santo André (SP), Grabado Contemporâneo El Ojo Ajeno (Peru), São Ou Não São Gravuras? (MAM SP e Galeria Itaú Brasília), A Gravura Como Escultura (MAM SP e Itaú Cultural Campinas).