PEDRO VARELA

Rio de Janeiro, 1981

Vive e trabalha em Petrópolis.
De onde brotam cidades, brotam também plantas imaginárias. A paisagem de prédios sonhados dá lugar a naturezas-mortas de arranjos de espécies exóticas, inventadas pelo artista. Há uma transição gradual de um gênero a outro - da paisagem à natureza-morta --, tão gradual quanto o degradê de azuis que molha as áreas vazias das telas. Edifícios, depois árvores, então bouquets, e finalmente frutas coloridas formam a sequência que homenageia paisagem e natureza morta, dois gêneros da pintura considerados menores pela hierarquia definida no século 17 nas primeiras academias de belas-artes. Na obra de Varela, os dois juntam forças e emergem em pinceladas líquidas.
Obteve em 2005 o diploma em gravura pela Escola de Belas Artes da UFRJ, e paralelamente complementou seus estudos participando de festivais de inverno da UFMG e na escola de artes visuais do Parque Lage entre 2001 e 2005. 
Desenvolve desde 2005 uma série de trabalhos chamada "Paisagem flutuantes", em que usa materiais simples como canetas esferográficas e marcadores coloridos sobre papel de arroz, papel cortado, vinil autoaderente e alguns materiais tradicionais para construir cidades e outras paisagens utópicas imersas em uma atmosfera de fábula e silencio. Participando ativamente de exposições no Brasil e no exterior, seu trabalho pode ser encontrado em coleções públicas e privadas, incluindo Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, ASU Art Museum, Sprint Nextel e ECCO Brasília.